Encontrados por um grupo de pesquisas do Museu do Vale do Arinos Artefatos pré-históricos

Saulo Augusto de Moraes

O Museu do Vale do Arinos é uma instituição da administração pública municipal de Juara, de gestão compartilhada com o Instituto de Educação, Cultura e Meio Ambiente do Vale do Arinos (ECUMAM) e Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), têm como objetivo a salvaguarda e a difusão do patrimônio histórico-cultural e natural regional por meio de expografia e educação patrimonial e museal.

Por meio de seus diversos projetos e ações em parcerias com diferentes instituições cientificas e culturais e com profissionais de diferentes áreas do conhecimento, tem obtido sucesso em descobrir e resgatar significativos acervos históricos, arqueológicos, etnológicos e naturais.

O Diretor do Museu do Vale do Arinos, José Guilherme de Araújo Filho, destaca que a gestão busca meios para preservar os diferentes elementos do patrimônio histórico-cultural e natural da ação antrópica (interferência humana) e da intempérie (deterioração pelo tempo, erosão entre outros).

Em entrevista para a reportagem da Rádio Tucunaré e Site Acesse Notícias, Saulo Augusto de Moraes, que é Coordenador da Câmara Setorial de Arqueologia do Museu do Vale do Arinos, destacou que um dos projetos mais recentes foi a descoberta de diferentes líticos polidos em uma região próxima ao rio Arinos distante aproximadamente 40 km do perímetro urbano de Juara. Saulo Augusto de Moraes comenta que o Museu do Vale do Arinos vem provando para o mundo, a partir de seus projetos, que a região do Vale do Arinos já fora habitada por diferentes grupos humanos há pelo menos nove (09) mil anos.

Os líticos polidos encontrados provam o avanço tecnológico desses grupos bem como sua diversificação. Juara já foi localizado sítios arqueológicos de cerâmica, de gravura e de pintura rupestres.

Alguns desses sítios demandam estudos científicos mais aprofundados, mas faltam ainda recursos de infraestrutura e financeiros para que o Museu do Vale do Arinos possa encaminhar tais estudos, diz Saulo Augusto de Moraes.

Uma forma de datar diferentes materiais arqueológicos é, principalmente, com o uso da tecnologia de datação por Carbono-14 e fotoluminescência, mas esses serviços (que são externos) custam em torno de 06 mil reais cada, o que inviabiliza agora sua datação pelas razões mencionadas.

Saulo Augusto de Moraes destaca a importância da parceria institucional para gerar resultados significativos à sociedade e a importância da sensibilidade politica para a destinação de recursos ao Museu do Vale do Arinos para que Juara possa ser cada vez mais destaque no Brasil e no mundo dado sua riqueza histórico-cultural e natural.

Para finalizar, Saulo Augusto de Moraes destaca que estes artefatos arqueológicos são caracteristicamente do período Neolítico que iniciou por volta do ano 7000 a.C. finalizando por volta de 2.500 a.C., conhecido também como período da Pedra Polida.

A relevância educativa é que os alunos da educação básica poderão conhecer visualmente no Museu do Vale do Arinos as provas da existência humana desde os tempos das cavernas. Para finalizar, o Coordenador da Câmara Setorial de Arqueologia destaca a parceria e colaboração do Grupo de Pesquisa “Fronteira, Territorialidade e Cultura:

O Vale do Arinos na Memória de seus Habitantes”, coordenado pelo Historiador Prof. Dr. Jairo Luís Fleck Falcão (UNEMAT), bem como do Projeto de Pesquisa “Educação, Trabalho e Democracia”, coordenado pela Profª. Drª. Ariele Mazoti Crubelati (Unemat).

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