Mulher diz ter sido chamada de “negra macumbeira” em empresa

Uma mulher de 41 anos fez uma denúncia à Polícia Militar nesta quarta-feira (22) por sofrer racismo e intolerância religiosa dentro da empresa onde trabalhava, no Bairro Cohab São Gonçalo, em Cuiabá.

Conforme o boletim de ocorrência, a vítima relatou que foi chamada de “negra e macumbeira”. Além disso, ela afirmou que foi demitida apenas por ter raspado o cabelo em sua iniciação na Umbanda.

O suposto crime ocorreu no dia 8 de setembro, quando a mulher foi trabalhar com touca na cabeça para não notarem a falta de cabelo.

No entanto, ao ir ao banheiro foi seguida pela supervisora que, ao vê-la sem a touca, questionou se ela estava câncer. Ao receber a resposta negativa, a mulher apenas saiu e foi direto para o escritório.

Nove dias mais tarde, a vítima foi chamada na sala de outra supervisora e precisou esperar cerca de duas horas para ser atendida.

No local, a supervisora teria mandado a trabalhadora tirar a touca e, segundo relatos da vítima, disse com reprovação de que “esse tipo de religião não cabia na empresa”. Ainda teria afirmado que a vítima “além de ser negra era macumbeira”.

A mulher teria dito ainda que a vítima deveria procurar Deus para se salvar. Consta no boletim também que a supervisora disse à trabalhadora que “pessoa da sua cor e macumbeira não pode participar do quadro de funcionário da empresa. Não adianta procurar a justiça, pois não dá em nada, já que a empresa possui vários processos e nunca perdemos”.

Ainda conforme a acusação, após o episódio, a supervisora a fez assinar o aviso prévio com data retroativa de 11/09/2020 e exigiu que ela cumprisse o aviso dentro do escritório, porque não queria que ninguém a visse careca e para evitar comentários.

Aos policias, a vítima contou que o abalo emocional era enorme diante da falta de respeito, do racismo e da intolerância religiosa das representantes da empresa.

Ela ainda afirma que todos os colegas de trabalho souberam antes dela sobre sua demissão e o que a motivou.

O caso foi registrado na delegacia de Cuiabá e será investigado pela Polícia.

Fonte: midianews

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